Regresso à Escola em tempos de pandemia. Como vai ser?

O Agrupamento de Escolas de Ansião (AEA) tem estado a trabalhar na organização do arranque do ano letivo sendo esta uma matéria muito sensível, pois repercute-se na própria organização familiar. “Vamos retomar a normalidade com o ensino totalmente presencial, mas o desenrolar do ano letivo dependerá da evolução do quadro pandémico. Sabemos que nada será como dantes e há regras que vieram para ficar”, refere a diretora do AEA, Ermelinda Mendes, em declarações ao Horizonte.

TODOS NA ESCOLA
“O regime presencial é a regra para todos os níveis de educação e de ensino”, refere Ermelinda Mendes. No AEA, os horários do Pré Escolar e do 1º CEB vão manter-se “dentro da mancha letiva habitual, de manhã e de tarde e com o funcionamento das (AEC) Atividades de Enriquecimento Curricular”; no caso do pré escolar, após o horário regular seguir-se-ão as Atividades de Apoio à Família (AAF) e no 1º ciclo a Componente de Apoio à Família (CAF), “para as famílias que o solicitaram”, estas promovidas pelo município com a supervisão pedagógica do agrupamento.
Relativamente aos alunos do 5º ao 12º ano, os horários “manter-se-ão de acordo com os critérios habituais de elaboração de horários, sendo que haverá uma atenção redobrada à distribuição das salas de acordo com a dimensão das turmas para que se cumpra, sempre que possível, com o distanciamento de 1 metro”, enfatiza a responsável do AE de Ansião.
“Ainda não existem orientações muito precisas relativas a alunos, docentes e funcionários de risco, sendo que neste momento o que está previsto é a apresentação de atestado médico para a justificação das faltas”, adverte.

“A direção do agrupamento pode organizar as atividades letivas por forma a evitar que todos os alunos estejam na escola em simultâneo”, esclarece Ermelinda. Nesta situação, “que será sempre excecional e mediante autorização superior”, no regime presencial “serão privilegiados os alunos do pré-escolar, do 1.º e do 2.º ciclos, podendo existir alterações na carga curricular das turmas sendo que alguma carga letiva poderá ser lecionada em aulas síncronas ou assíncronas, à distância, sendo imprescindível muito trabalho autónomo dos alunos”, refere.

AJUSTES AO CALENDÁRIO ESCOLAR
As atividades letivas, iniciam-se com a recuperação de aprendizagens não lecionadas, e, no caso do AE de Ansião, com orientações aos alunos sobre utilização de plataformas digitais, durante as primeiras cinco semanas do 1.º período; “regressarão as provas de aferição, logo a partir de maio, bem como as provas finais para o 9º ano e os exames nacionais habituais, sendo que as aulas terminarão um pouco mais tarde”, explica a diretora.

Obrigatoriedade do uso das máscaras (a partir dos 10 anos), o distanciamento social de 1m e a utilização regular do gel desinfetante: este será o “novo normal”. “À entrada da escola, antes e após as refeições e com frequência ao longo do dia, todos devem lavar/desinfetar as mãos”, frisa Ermelinda Mendes, que acrescenta que “a máscara deve ser usada por todos os que frequentam o espaço escolar, incluindo os alunos a partir do 2º ciclo (5º ano)”. Assim, logo no 1º dia de aulas será distribuído, a cada aluno, professor, assistente técnico e assistente operacional, um kit de 3 máscaras sociais/comunitárias por período, laváveis 20 a 25 vezes (certificadas de acordo com o legalmente exigível).

ARRANQUE DO ANO LETIVO
Quanto ao arranque do ano letivo, Ermelinda Mendes clarifica que na presente data, “os docentes já estão todos colocados, à exceção de algumas turmas nas disciplinas de Educação Física, Informática e História”.
O início do 5º ao 12º ano, terá lugar no dia 17 de setembro, assinalado por reuniões com os encarregados de educação, sendo que, para os alunos mais velhos, quando possível e oportuno, a  direção irá promover reuniões através de videoconferência e partilhando informações à distância.
Relativamente aos mais novos (Pré, 1º Ciclo e 5ºs anos), face à particularidade do nível de educação/ensino e necessidade de organização inicial, “continuarão a ser privilegiadas as reuniões presenciais”.
Para que o distanciamento social seja cumprido, “só será permitida a presença de um responsável por cada criança, e as reuniões terão lugar amiúde, em calendário a divulgar”.

Ermelinda Mendes realça que a escola “é uma instituição muito atenta”, que tem estado permanentemente a “reajustar os seus planos de contingência” em conjunto com outros parceiros da comunidade com base na evolução da situação viral e “irá adotar as medidas adicionais previstas pela DGS e pelo ME, que permitam reforçar procedimentos de proteção e prevenção em vigor”.