Fixar população é o grande desafio que se coloca aos territórios de baixa densidade e em Alvaiázere está identificada uma das soluções que pode ajudar a esse desiderato: melhorar as condições para a fixação e atração de empresas. Essa foi a ideia-chave transmitida pelo atual presidente da Câmara Municipal, na sessão solene que comemorou o Dia do Concelho, a 13 de junho.
João Paulo Guerreiro defende uma “mudança drástica no paradigma de apoio às empresas” e anunciou que o município que dirige desde outubro de 2021, tem em curso “um conjunto de apoios dos mais avultados da região, para a formação de empresas e para o empreendedorismo”. Todavia, reconhece que as empresas já constituídas “têm de ser apoiadas de uma outra forma”.
O autarca entende que é premente “acelerar os projetos que entrem na autarquia” e que, na sua opinião “ainda não avançam à velocidade que gostaríamos”, pelo que anunciou a criação de um canal especial para acelerar “os processos burocráticos na Câmara”. Segundo Guerreiro, esta situação pode ser “fator decisivo entre investir em Alvaiázere ou investir noutro lado”, pelo que garantiu que o executivo “tudo irá fazer para que quem decide investir em Alvaiázere tenha todas as condições”, certo que esse investimento possa “ajudar a fixar pessoas”.
Virando depois agulhas para outros investimentos em curso, João Paulo Guerreiro deu conta de várias obras que estão prestes a ser concluídas, como é o caso da requalificação do mercado municipal, da área empresarial e da mata do Carrascal, projetos ainda ‘herdados’ do anterior executivo.
Considerando que o concelho possui “muitas infraestruturas”, o edil defendeu uma estratégia de “conservação do património existente” e disso deu exemplo com a empreitada de requalificação das piscinas municipais descobertas, que agora vai arrancar.
O primeiro discurso de Guerreiro no Dia do Município não terminou sem lançar um apelo ao Poder Central, pedindo que o Governo possa “olhar para estes territórios de outra forma”. O autarca alvaiazerense disse que é preciso “falar de coesão a sério”, exortando a que o Governo “não esqueça territórios como o de Alvaiázere”, e pratique uma “descriminação positiva”.