Apesar de já funcionarem desde fevereiro de 2020, o Lar Residencial e o Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI) da Associação da Casa do Povo de Alvaiázere, só foram oficialmente inaugurados no dia 8 de setembro, numa cerimónia que contou com a presença da secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes. Na ocasião, aquela instituição deu conta do seu novo projeto: a construção de uma Residência Autónoma.
O CACI, com capacidade para 30 utentes e o Lar [24] custaram cerca de 2 milhões de euros, tendo tido financiamento em 50% pelo Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central.
A presidente da Associação da Casa do Povo, salientou o grande esforço financeiro que estas obras representaram, ainda por cima em plena pandemia, algo que colocou dificuldades acrescidas à Associação. Sandra Simões agradeceu por isso a todos os que ajudaram, desde entidades públicas, privadas e anónimos.
Dirigindo-se à secretária de Estado, Sandra Simões pediu ajuda para o novo projeto, a criação de uma Residência Autónoma, considerada “necessidade real”. Segundo a dirigente, a Associação tem “jovens adultos institucionalizados com capacidade para viver autonomamente”. Está identificado o terreno, junto ao CAO, e já estão iniciadas as diligências para a sua aquisição e posterior apresentação de projeto e candidatura.
Outra das reivindicações da Associação da Casa do Povo prende-se com as dificuldades no acesso ao financiamento para atividades de formação na área da deficiência, para a qual a instituição está acreditada. Sandra Simões disse “as entidades responsáveis estão distantes” e revelam “desconhecimento da realidade dos territórios como o de Alvaiázere”, queixando-se que dos “processos burocráticos” que “impedem a Associação de atuar e ser parte da solução para muitos problemas de alguns cidadãos”.
HÁ VERBA PARA AS RESIDÊNCIAS AUTÓNOMAS
Em resposta, a secretária de Estado afirmou que vai abrir de imediato um novo aviso na área das Residências Autónomas e que existe ainda disponibilidade financeira do aviso anterior que não foi esgotada.
“Gostaríamos muito de poder apoiar as Residências Autónomas de Alvaiázere, mas para isso é preciso despachar as questões do terreno e que a Câmara ajude a licenciar rapidamente”, disse Ana Sofia Antunes.
A governante deu nota do contributo que o Plano de Recuperação e Resiliência trará para a área da deficiência, nomeadamente ao permitir criar 1340 lugares em CACI e 67 em Residências Autónomas. Mas Ana Sofia Antunes está consciente que “não basta construir, é preciso assegurar o seu funcionamento” e é aí que a Segurança Social “terá de garantir um manancial de respostas em acordos de cooperação”.
