26 de março de 1995 é uma data incontornável na história da globalização da força de trabalho pois foi neste dia que entrou em vigor o Acordo de Schengen.
Que veio abolir as fronteiras internas entre vários países da Europa (não só da União Europeia) permitindo que bens e pessoas passassem a circular livremente.
Através de acordos bilaterais e, sobretudo, com o rápido avanço da globalização no séc. XXI, a possibilidade de viver e trabalhar num país que não o nosso alargou-se a outros países dos cinco continentes.
Fazendo com que as actividades de recrutamento de trabalhadores estrangeiros se tornassem alvo de forte procura por parte das organizações de trabalho
No caso da Europa Ocidental e, especificamente em Portugal, a globalização da força de trabalho teve um forte aliado para além dos tratados: a inversão da pirâmide etária.
A forte emigração nos anos da Troika que levou a que quadros altamente especializados abandonassem o país e o baixo número de nascimentos, tem-se traduzido numa enorme dificuldade para as empresas e Estado em encontrar trabalhadores qualificados.
A solução? A procura da contratação de mão-de-obra estrangeira qualificada.
Além dos milhões de estrangeiros que, todos os anos, desembarcam nos países ocidentais estarem a ajudar à manutenção do Estado Social, vitalidade da Segurança Social e à inversão da pirâmide etária.
Há trabalhos que, pela sua complexidade técnica, exigem o recrutamento de mão-de-obra estrangeira qualificada.
Mas como fazer a contratação de talentos estrangeiros?
Tendências no Recrutamento Trabalhadores Estrangeiros em Portugal
Atualmente, existem quatro grandes tendências na forma de recrutar trabalhadores estrangeiros em Portugal. A saber:
• Agências de Recrutamento
As empresas que não têm tempo para um processo de seleção internacional moroso e querem correr riscos, estão cada vez mais a apostar em agências de recrutamento, como é o caso da Work Supply.
Esta agência de recrutamento com mais de duas décadas de experiência no recrutamento internacional garante que o trabalhador escolhido corresponderá, em termos de perfil e qualificações, àquilo que a empresa pretende.
Isto só é possível porque a Work Supply tem em seu poder uma base de dados composta por milhares de trabalhadores qualificados que se adequam a qualquer tipo de exigência laboral por parte do tecido empresarial português independentemente do setor onde operam.
Assim, todo este processo, que se complementa com todo o trabalho burocrático relacionado com autorização de residência, NIF e NISS, alojamento e transporte.
Acaba por permitir às empresas poupar tempo e recursos financeiros na tentativa de contratação de trabalhadores estrangeiros qualificados.
• Acordos de Mobilidade Laboral
Estes tipos de acordos entre Portugal e outros Estados (Cabo Verde, Marrocos, Índia, etc.), apesar de desbloquearem alguma da parte burocrática, podem ser morosos, já que a obtenção de visto demora, no mínimo, 3 a 4 meses.
Para além disto, o recrutamento do trabalhador tem de ser, obrigatoriamente, realizado pelo “IEFP” do país de origem e as empresas têm de suportar custos com viagens e alojamento, este último, apesar de não ser obrigatório, ajuda à celeridade de todo o processo de contratação.
• Publicação de ofertas para candidatura direta
O IEFP, em estreita observância da “Lei dos Estrangeiros”, publica ofertas de emprego emanadas das empresas registadas na sua plataforma online dirigidas a trabalhadores estrangeiros não residentes.
Depois de aprovada a oferta de emprego pelo IEFP, os candidatos podem fazer a sua candidatura diretamente na oferta e o empregador, caso esteja interessado, conduz o resto do processo.
• Feiras de emprego online “Work in Portugal”
As feiras de emprego online “Work in Portugal”, são eventos digitais de informação e recrutamento online em inglês e português através da plataforma europeanjobdays.eu.
No âmbito destas feiras, as empresas apresentam-se e divulgam as suas ofertas de emprego perante os candidatos que, por sua vez, podem responder e candidatar-se, sempre na plataforma, às propostas de emprego.
O envio de CVs, videochats com possíveis candidatos e entrevistas são conduzidas através da plataforma que, entre outros, conta com o apoio institucional do estado e das confederações patronais.
