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Castanheira de Pera avança com apoio de 2.200 euros por mês para médicos de família que se fixem no concelho

Marco Marques, 13 dezembro 2023

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Castanheira de Pera avança com apoio de 2.200 euros por mês para médicos de família que se fixem no concelho
A Câmara de Castanheira de Pera aprovou o regulamento de apoio à fixação de médicos que prevê um incentivo mensal de 2.200 euros para os profissionais que optarem por trabalhar e viver no concelho. O regulamento pretende criar condições para que fiquem assegurados os cuidados de saúde para uma população maioritariamente idosa mas também para dar resposta ao grande número de visitantes que o concelho recebe regularmente.
De acordo com o presidente da autarquia, a criação do regulamento de incentivos aos profissionais de saúde, surgiu de forma a “enfrentar as dificuldades na captação e fixação de médicos de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Castanheira de Pera”, que tem atribuídos dois médicos de família para dar resposta a 2.650 residentes, segundo dados dos últimos Censos de 2021.
António Henriques explicou que as medidas constantes no regulamento passam por um apoio mensal de 2.200 euros para alojamento aos médicos contratados para a UCSP que decidirem viver no concelho mas incluem também um incentivo de 500 euros mensais para suportar as deslocações para aqueles que concorram ao centro de saúde, mas optem por manter o seu atual local de residência. Este incentivo é extensível aos médicos que fizerem atendimento na UCSP em regime de prestação de serviços.
“Queremos criar uma diferenciação positiva, num território que tem uma população idosa a precisar de cuidados médicos diários, pelo que é necessário ter alguém que apoie as suas necessidades, tendo consciência que estamos fora e longe de uma área urbana, sem acesso aos serviços privados, que não existem no concelho”, afirmou António Henriques.
A resposta médica em Castanheira de Pera está a ser dada neste momento e desde setembro, por um profissional de saúde em regime de prestação de serviço, pelo facto de um médico ter saído. Uma resposta que, na opinião do autarca “subverte a função de um médico de família, que deve estar disponível para os utentes”. “Avançámos com este projeto, para que os médicos olhem para o concurso que abriu agora, para colmatar as vagas, como uma oportunidade”, sublinhou.
Para António Henriques, o importante é “garantir cuidados médicos para todos”. Apesar da população idosa, o autarca reforçou que o número de residentes terá aumentado nos últimos anos, devido à imigração. Facto que, segundo afirmou, é percetível pelo aumento das inscrições das crianças nas escolas do concelho.
“Tivemos nove nascimentos, o que já não acontecia há algum tempo. Temos também de dar resposta médica às crianças e não podemos esquecer do turismo. Em três meses recebemos 90 mil pessoas, que precisam de sentir conforto médico no território”, acrescentou.
O Regulamento Municipal de Apoio à Fixação de Médicos foi aprovado na reunião de câmara do dia 30 de novembro e encontra-se em período de discussão pública, para depois ser aprovado em reunião de Assembleia Municipal. António Henriques estima que as medidas de incentivo possam ser aplicadas já no primeiro trimestre de 2024.
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