O barrete tradicional de lã, produzido em Castanheira de Pera, está entre os cinco finalistas do Prémio Nacional de Artesanato, na categoria de Investigação, promovido pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). A candidatura assenta num trabalho preparado por António Cepas Rebelo sobre a história e os métodos de fabrico e o ‘saber-fazer’ do Barrete Tradicional de Lã.
Refira-se que este é apenas mais uma das várias iniciativas inseridas na estratégia do executivo presidido por António Henriques e que passa por preservar e divulgar o património local, no caso com este adereço que distingue Castanheira de Pera por ser o único concelho que ainda o produz.
Na mesma estratégia, existe a vontade em estimular a economia local para a criação de outros produtos derivados do barrete e assim ampliar este nicho de mercado. Criar sinergias com territórios onde o barrete ainda é utilizado, como o Ribatejo (campinos) ou a Nazaré (pescadores) são algumas das ideias a ser trabalhadas.
Recorde-se que a autarquia tem em mente a construção do Museu do Barrete e em curso a candidatura do mesmo a património imaterial.
Relativamente ao prémio em que é finalista, o mesmo tem por objetivo “promover a produção artesanal”, nas suas vertentes tradicional e contemporânea, valorizando as competências técnicas e profissionais e a capacidade estética dos artesãos, assim como “incentivar a investigação” e distinguir atividades relevantes na promoção e divulgação do artesanato. Esta iniciativa integra o Programa de Promoção das Artes e Ofícios promovido pelo IEFP, abrange 6 categorias e tornará públicos os vencedores no início de janeiro.