Foi num salão a cheirar a novo que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere recebeu os convidados para a comemoração do seu 84.º aniversário, no passado dia 17 de março. Um espaço que a instituição não dispunha e permitirá de agora em diante a realização de assembleias gerais, a receção a entidades convidadas ou outras sessões de relevo, dada a sua polivalência.
O novo salão nobre foi precisamente inaugurado e benzido pela personalidade que lhe dá o nome, o Padre Celestino Brás, que durante mais de quatro décadas dirigiu os destinos da Associação.
Na sua curta intervenção, usou da modéstia e do bom humor para referir que “foi uma maldade que lhe fizeram”, ao atribuir o seu nome àquele espaço nobre, preferindo salientar a importância de ter contribuído para a segurança e o bem-estar das pessoas sem esperar dividendos.
Foi isso que fez nas várias direções que liderou naquela Associação e que lhe valeu rasgados elogios por parte do Comandante da Corporação. Mário Bruno Gomes salientou a grande dedicação de Celestino Brás aos bombeiros e disse que a sua personalidade e ação “lhe serve de inspiração”.
O comandante alvaiazerense, fiel ao seu estilo, distribuiu elogios agradecimentos aos seus homens e mulheres e a todos aqueles que “gostam e têm ajudado os bombeiros”. Neste particular, destacou o apoio dos autarcas: “O futuro será risonho porque temos autarcas que gostam dos bombeiros. Eles sabem que somos a associação mais importante”, disse Mário Bruno, nomeando João Paulo Guerreiro e os anteriores executivos, que “têm apoiado os bombeiros de forma incansável”.
Palavras elogiosas foram aquelas que dispensou também à Liga e à Federação de Bombeiros. Sobre esta última, representada na ocasião pelo seu presidente Rui Rocha, frisou a importância da sua ação para que fosse reconhecido do papel dos bombeiros como “pilar e espinha dorsal da proteção civil”, e nesse âmbito na hierarquização de prioridades para equipar convenientemente os quartéis, em processos a ser conduzidos pela Comunidade Intermunicipal. Sobre a Liga de Bombeiros, Mário Bruno disse que “tem feito um grande trabalho para melhorar a sua imagem” e que conseguiu “trazer humanidade” para o sector.
“Quando um dos nossos tombou em combate, a Liga tudo fez para responder às nossas solicitações e pedidos de ajuda, ao contrário do Estado, que não quis saber…”, lamentou o Comandante, ainda sim com discurso menos crítico do que o habitual.
Terminou com palavras de agradecimento e estímulo aos seus bombeiros, aos seus adjuntos e à direção.
Direção que nas palavras do seu presidente, Joaquim Simões, destacou a “comunhão de interesses em favor dos alvaiazerenses” que possibilitou as obras no quartel, de que é último exemplo a construção do salão nobre, para o qual muito contribuiu o apoio da autarquia.
Na cerimónia, na qual marcaram presença diversas personalidades ligadas ao sector da proteção civil, foram promovidos sete bombeiros ao Corpo Ativo e outros seis receberam medalhas de 15, 20 e 25 anos de assiduidade.
Antes do almoço-convívio foi batizada uma nova ambulância de transportes de doentes não urgentes, adquirida com diversos apoios, nomeadamente da sociedade civil no âmbito do cortejo de oferendas.
Refira-se que o programa das comemorações do 84.º aniversário foi adiado uma semana devido às Eleições Legislativas. Teve início com o toque da sirene, seguido do hastear da bandeira com guarda de honra. Depois lugar ao desfile apeado e da Fanfarra pelas ruas da vila, com posterior homenagem a bombeiros e diretores já falecidos. O almoço encerrou as comemorações.
