Faleceu a 30 de maio, poucos dias depois de perfazer 56 anos de idade, Manuel Jorge Jesus Tomás, antigo jogador, treinador e presidente do Atlético Clube Avelarense.
Tomás, como era conhecido, não resistiu a uma doença galopante que nos últimos meses se apoderou do seu corpo e o levou do mundo dos vivos, causando grande consternação e sentimento de impotência aos seus familiares e aos muitos amigos que cultivava.
Natural de Figueiró dos Vinhos, Jorge Tomás casou em Avelar e aqui residia há muitos anos, dedicando-se com enorme voluntarismo ao associativismo local. Desde logo como praticante no Avelarense onde fez quase toda a sua carreira, com exceção de duas épocas em Alvaiázere. Uma ligação que não mais perdeu, tendo sido um dos grandes impulsionadores da Formação do ACA, bandeira do clube que tanto o orgulhava e que ainda hoje é referência no norte do Distrito. Tomás investiu na sua formação e tirou vários cursos de treinador, tendo orientado o Avelarense e o GDR Pousaflores ao nível sénior. Mas a sua grande apetência sempre foi trabalhar com jovens, e maior parte da sua carreira ligado ao desporto foi a eles dedicada. Chegou a treinar na formação do Sp. Pombal mas regressaria sempre ao seu clube de… sempre. Um clube onde fez tudo o que era possível e às vezes até mais do que seria expectável. Coordenou durante anos a Formação e agora no mandato anterior, perante a iminência do vazio diretivo, assumiu mesmo a presidência do Clube.
O desgaste de anos e anos de dedicação ao clube também fazem mossa e Tomás, perante alguns problemas de saúde, procurou aligeirar o seu envolvimento no ACA, acompanhando a sua filha mais nova na aventura do futebol feminino em Leiria, no CCMI, clube ao qual depressa também deu o seu contributo. Mas sempre sem perder a ligação ao Atlético, onde coordenava o departamento de Futebol 7.
Hoje, é impossível falar do Avelarense sem referir Jorge Tomás. A marca que deixou jamais será apagada e perdurará na memória de todos quantos com ele privaram.
HORIZONTE envia um enorme abraço de força e solidariedade à sua esposa Paula e filhos Tomás, Carolina e Lara, esperando que o orgulho do legado deixado atenue a dor da perda que estão a viver.
