Depois das cabras, os cavalos! Na aldeia de Alge, freguesia de Campelo em Figueiró dos Vinhos está a ser experimentado um projeto onde vários garranos são os responsáveis pela limpeza de vários hectares de terreno, tornando aquele território mais resiliente ao risco de incêndio.
Uma aposta que surge depois de outra solução já experimentada com cabras, mas que não funcionou. Em declarações ao Horizonte, Bruno Braz, presidente da Comissão de Compartes dos Baldios de Alge, refere que as cabras “destruíam os castanheiros e davam demasiado trabalho, sendo preciso ter uma pessoa de forma permanente a tomar conta delas”, aspetos que tornaram o projeto pouco eficaz.
O advogado de 40 anos explicou que optaram por vender as cabras e comprar um casal de garranos e dois burros, numa experiência que tem funcionado com algum êxito há já três anos, possibilitando uma limpeza que, através de meios mecânicos, ficaria bastante cara.
Contudo, as peripécias tem sido algumas, conforma conta Bruno Braz: “os veados e javalis já nos rebentarem a cerca e os cavalos chegaram a ir para a estrada nacional”. Também os burros têm a tendência a ‘visitar’ as casas da aldeia para pedir comida e ficaram um bocado ‘gulosos’, “preferindo o que lhe dão à erva dos terrenos”, conta o presidente da Comissão.
Bruno Braz acrescenta que estas experiências e projetos são importantes “para tornar a aldeia mais resiliente contra os incêndios”, trazendo “mais segurança” para a cerca de duas dezenas de habitantes locais.
Entre os projetos que Comissão pretende implementar constam ações de reflorestação com plantação de folhosas, produção de resina, produção de mel e introdução de vacas barrosãs e cavalos. A criação de uma quinta pedagógica é também uma das medidas projetadas.
25 ANOS
A Comissão de Compartes dos Baldios de Alge assinalou o seu 25.º aniversário com um almoço naquela aldeia, no passado dia 20 de julho. Um convívio que juntou muita gente, entre sócios e convidados, e que incluiu uma tarde musical.