BGM prevê criar mais de meia centena de postos de trabalho em Alvaiázere

A Área Empresarial de Rego da Murta, em Alvaiázere, vai receber as instalações da empresa BGM – Bio Green Woods, S.A., autotitulada como a primeira biorrefinaria de 2ª geração, num modelo misto, da Europa.
A BGW irá produzir biocarvão, gases e óleos vegetais, produtos cujo destino será a exportação para os países do norte da Europa, quase na sua totalidade.
A empresa é detida pelo consórcio Grupo DG / Atlantinível, que escolheu esta localização em função da acessibilidade e também proximidade à matéria prima.
A fábrica, que ocupará 8.000 m2 de construção num espaço total de 33.000m2 criará, segundo os promotores, 60 postos de trabalho diretos, considerados “importantes no contexto da região em que se insere”. “Numa segunda fase, ocorrerá a duplicação da capacidade produtiva, com a futura expansão da unidade na zona industrial contígua”, acrescenta o consórcio.
A empresa, que produzirá através da destilação da madeira, refere que utilizará um sistema de “totalmente inovador e único na Europa” que garante “produtos mais homogéneos e com maior qualidade”, através de um processo “ambientalmente limpo, que não prejudica o ambiente, nem resulta em desperdícios, já que são todos utilizados no processo”.
A questão ambiental levou mesmo à realização de uma sessão de esclarecimento aos habitantes, que teve lugar no Centro Cultural de Pussos e contou com a presença das presidentes da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal e de um representante da empresa.
Os presentes quiseram saber acerca do impacte ambiental que a fábrica trará para a região manifestando a sua preocupação em relação à poluição sonora, ambiental, aos cheiros, gases, ao aumento do tráfego, entre outros.
Da parte de Sérgio Silva (SGW) ficou o esclarecimento de que a empresa cumprirá os normativos legais e que pratica uma política ambiental muito rigorosa. Referiu que a SGW acompanha a tendência global de proteção ambiental. “Apostamos em produtos 100% ecológicos, produção sustentável, energias limpas e o fim do desmatamento excessivo das florestas para utilização de madeira”, considera.
Jorge Gonçalves, presidente do Conselho de Administração do Grupo DG, salienta a importância deste projeto para o país e para o grupo. “É um projeto único no país que nos provoca uma satisfação e alento redobrados”.