Tratou-se de um investimento da Câmara Municipal na ordem dos 80 mil euros, que passa a dotar aquele Tribunal de duas salas daquele género e vem assim melhorar as condições do Tribunal.
António José Domingues justificou o investimento com o seu entendimento do que devem ser as políticas dos tempos que vivemos: “dirigidas para as pessoas e para o seu bem-estar e comodidade”.
O autarca lembrou o processo tumultuoso que redundou com a perda de serviços do Tribunal de Ansião na reforma judiciária de 2014. Domingues recordou a luta contra essa reforma, encetada pelo povo e pelos autarcas e disse que “a Justiça não se deve compadecer com poupanças e políticas economicistas”, vincando que “não é retirando serviços públicos do interior que se promove a coesão territorial”.
O edil referiu estar a dar o exemplo, como é dever dos “eleitos democraticamente”, de “pugnar pelo interesse das populações e dos serviços de proximidade”.
Já Carlos Oliveira, juiz-presidente da Comarca de Leiria, mostrou-se bastante agradecido pela colaboração que a entidade que preside tem tido dos municípios e da direção geral da Justiça. Aquele responsável frisou a melhoria das condições de trabalho, essenciais quer para os magistrados, quer para as pessoas que precisam de ver os seus problemas resolvidos.
Finalmente a diretora-geral da Administração da Justiça, referiu que os responsáveis pela reforma de 2014 tinham “a expetativa de que a centralização e especialização trouxe mais qualidade ao sector”, mas admitiu que “o tempo veio provar que alguns ajustamentos teriam de ser feitos”, sendo disso exemplo “as correções introduzidas”, de que é exemplo a reabertura de alguns juízos que tinham sido encerrados em vários tribunais, como Ansião.
Aquela responsável frisou a boa localização e as vias de comunicação como razões para a aposta no Tribunal de Ansião, referindo-se também de forma elogiosa ao volume de trabalho dos seus profissionais, que nos últimos anos conseguiram reduzir o número de processos em ¼, sendo atualmente cerca de 8000.
Isabel Namora teceu também elogios à postura da Câmara Municipal, enaltecendo “a preocupação em criar condições para o desenvolvimento do concelho”.
O Tribunal de Ansião dispõe de um Juízo de Proximidade e também de um Juízo de Execuções, que era de localização provisória e agora é definitivo.