Questionados sobre a razão para terem escolhido Avelar para a abertura de um espaço deste tipo, Ivo aponta a boa localização, considerando a Vila “central e acolhedora”. Para além disso “era cliente do espaço até este ter fechado e por isso conhecia o potencial da zona e da disposição do estabelecimento”. “Era o local certo para me aventurar”, afirma confiante o jovem que é natural da Arega, no concelho vizinho de Figueiró dos Vinhos.
Para Patrícia é um regresso a casa. “O bom filho a casa torna”, refere, a propósito dos anos que esteve afastada da sua terra, primeiro nos estudos e depois no trabalho. “Surgiu um clique que permitiu este recomeço”, afirmou, admitindo que a iniciativa partiu do namorado, mas que foi “apoiada de imediato”.
A situação de pandemia que o país atravessa tem prejudicado várias áreas de negócio e a da restauração tem sido uma das mais afetadas. Mas isso não esmorece o entusiasmo do jovem casa de empreendedores. Ivo Nunes admite que a Covid-19 causou dificuldades: “O projeto já estava em andamento quando se deu a pandemia”, disse, lamentando que tenha “atrasado tudo e modificado alguns planos”. No entanto, entende que “se estivéssemos à espera do momento certo talvez nunca chegasse e tínhamos de avançar”. Já Patrícia diz que a situação atual do país é preocupante e isso faz com que tenham cautelas: “estamos a ir com calma, um passo de cada vez, pois se o presente é incerto, quanto mais o futuro, mas estamos confiantes e conscientes que este é o rumo a tomar”. A jovem não esquece também “o importante o apoio da família e amigos” que “têm sido incansáveis connosco e a quem temos muito a agradecer”.
Convidados a descrever o espaço, os jovens proprietários falam a uma só voz. Desejam “proporcionar bons momentos de convívio e descontração, num ambiente agradável onde se possa relaxar e degustar petiscos e bebidas”. “Temos a preocupação de utilizar produtos endógenos, de qualidade e de fornecedores locais”, adiantam, admitindo que os planos e objetivos para o espaço são mais ambiciosos mas para já estão condicionados: “Temos vontades e outras ideias para implementar mas, ao contrário do que inicialmente tínhamos em mente, temos de ser cautelosos nesta fase e, com o decorrer do tempo, se assim for possível, ir concretizando cada ideal”, admitem.
Por enquanto, os clientes da “Titular” dispõem de uma ementa variada de petiscos, que inclui as tradicionais moelas, pica-pau, carne assada no forno, entre outros, sempre acompanhados por uma boa imperial ou um bom vinho. Para os que não apreciam tanto as bebidas alcoólicas, há sempre “a possibilidade de experimentarem um chocolate quente acompanhado por um muffin ou um folhado”, sugerem os empresários.
Quanto ao conceito do espaço, Patrícia diz que “emergiu do nosso gosto e da lacuna que sentimos enquanto clientes”.
Presentemente, a “Titular” tem estado aberta todos os dias da semana no horário adaptado em função da pandemia e pretende angariar colaboradores para trabalhar no espaço, estando a aceitar candidaturas para possível recrutamento.
Os requisitos pedidos aos potenciais interessados são que tenham conhecimentos e/ou experiência na área da restauração.