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Roncopatia: o que é, como se previne e como se trata

Marco Marques, 29 abril 2021

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Roncopatia: o que é, como se previne e como se trata
Roncopatia é o mesmo que ressonar, é aquele ruído produzido pela vibração do ar nos tecidos moles da garganta ao respirar. Deve-se sobretudo ao relaxamento dos tecidos localizados na parte de trás da garganta, que tendem a ficar flácidos com a idade, o excesso de peso ou devido à ingestão de álcool, entre outros fatores. Poder-se-á questionar porque é que se ressona a dormir e nunca acordado. É simples: porque durante o sono os tecidos relaxam, originando vibrações quando o ar passa através das vias respiratórias. Quando se ressona cronicamente mostra-se sinais de sonolência diurna, pode mesmo haver dificuldades em concentrar-se. Há grupos populacionais mais suscetíveis à roncopatia: fumadores, obesos, doentes que estejam a tomar determinados medicamentos que provocam relaxamento dos músculos, entre os quais os da garganta (será o caso dos tranquilizantes e ansiolíticos). Há situações que predispõem para a roncopatia: consumir álcool, dormir de costas ou sofrer de congestão nasal.
E quais as consequências deste ressonar? São principalmente duas: altera-se o padrão do sono do doente e de quem com ele partilha o quarto; o efeito imediato traduz-se num sono mais superficial, acompanhado por tensão ou rigidez muscular. Vem a propósito perguntar se as crianças também podem ressonar e a resposta é sim, na maior parte dos casos dever-se-á ao aumento dos adenoides ou das amígdalas ou por causa da obesidade infantil.
É possível prevenir a roncopatia? É, adotando medidas que andam à volta dos estilos de vida saudáveis; a prática de atividade física para desenvolvimento do tónus muscular; evitar a ingestão de álcool e as refeições pesadas; elevar a cabeceira da cama; evitar quanto possível medicamentos como ansiolíticos, tranquilizantes e anti-histamínicos. E como é que se trata a roncopatia? Tratando as suas causas. Se a origem for congestão nasal, trata-se a congestão nasal; se a origem forem alterações anatómicas (por exemplo, desvio do septo nasal) poderá ser necessário encarar uma cirurgia.
Recorde-se que a roncopatia não é o mesmo que a apneia do sono. Embora a apneia do sono esteja associada ao ressonar, na maioria dos casos o inverso não se verifica: quem tem apneia do sono provavelmente ressona, mas quem ressona pode não ter apneia do sono. Esta é uma situação potencialmente mais grave, em que existem paragens respiratórias durante o sono e que podem contribuir para problemas de saúde mais graves. Na apneia do sono poderão ocorrer episódios de total paragem respiratória que podem durar em média 10 segundos, situação que não existe na roncopatia.
Se há indícios de que ressona, converse prontamente com o seu médico de família e numa primeira oportunidade peça conselho ao seu farmacêutico. Este pode ajudar a fazer uma avaliação cuidadosa dos sintomas. Quando se trata de quadros ligeiros e ocasionais, ele seguramente que lhe fará recomendações que incidem nos estilos de vida saudáveis. Além destas medidas de prevenção, o profissional de saúde pode aconselhar medicamentos não sujeitos a prescrição e produtos de saúde destinados à prevenção e ao alívio de algumas causas de roncopatia (como é o caso de produtos que atuam lubrificando as mucosas oral e nasal, bem como a das vias respiratórias superiores). Fuja dos chamados produtos-milagre que são pródigos em anunciar promessas para curar o ressonar mediante produtos e técnicas com efeitos rápidos.
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