A Comissão Concelhia de Ansião do Partido Comunista Português emitiu um comunicado onde considera que a intervenção sinalizada para o Camporês não resolve os graves problemas do IC8, sugerindo um traçado alternativo e reivindicando melhorias na rede viária e de transportes.
O comunicado refere que “o desnivelamento do nó do Parque Industrial do Camporês (...) não resolve os graves problemas existentes no IC8, designadamente no troço Pombal-Avelar onde o chamado “IC” atravessa localidades, contem inúmeros cruzamentos de nível e tem um perfil, traçado e limites de velocidade em vários troços incompatíveis com uma via desta natureza”. “O facto de o PNI 2030 prever apenas duas obras prova a inexistência de um plano global de intervenção que dê resposta aos gravíssimos problemas do IC8 que já causaram a morte a dezenas de pessoas, como é exemplo o recente acidente que vitimou mais um condutor”, alerta o PCP de Ansião.
O PCP sublinha e reafirma a “necessidade de uma intervenção estrutural com alteração do traçado e perfil do IC8, especialmente entre Avelar e Pombal, que desvie para fora das localidades o trânsito regional e nacional, nomeadamente o trânsito de pesados, permitindo uma maior velocidade média de circulação”.
Considerando “os elevados custos das obras de desnivelamento de cruzamentos”, o PCP considera que “a solução de um novo traçado pode inclusivé ser menos onerosa do que uma sucessão de intervenções parcelares”.
Considerando que o direito à mobilidade das populações “não se resolve apenas com a qualidade e traçado das redes viárias”, a Comissão Concelhia considera “urgente a reflexão e tomada de decisões sobre soluções para dotar o Concelho e a Região do Pinhal Interior Norte de um serviço de transportes públicos digno desse nome”.
O PCP considera “inadmissível que nas ligações de Ansião a Pombal e a Coimbra existam apenas duas carreiras por dia e que o transporte público dentro do concelho se resuma ao transporte escolar”. “Este é um dos principais problemas do concelho de Ansião no que toca ao direito à mobilidade, tanto mais que vários concelhos do PIN não são servidos por transporte ferroviário”, considera.