A obra retrata os últimos 45 anos do concelho de Ansião, com 436 páginas de levantamento exaustivo do que de mais significativo se registou no concelho no pós 25 de Abril.
António José Domingues, presidente do Município, que patrocinou e editou a obra, referiu que esta “apresenta uma narrativa que testemunha a nossa vivência coletiva, numa visão realista e fidedigna que perpetuará os acontecimentos e a diversidade política, económica, cultural e social deste período da nossa história”.
Já Fernando Ribeiro Marques, autor do prefácio, disse que a obra “faz a história do concelho”, destacando “não ser um livro político nem de exaltação das realizações desta ou daquela presidência”. Ele que é figura incontornável da história concelhia – fruto dos 20 anos em que liderou a autarquia ansianense – não deixou no entanto de assinalar a evolução do concelho. “Ansião afirmou-se no contexto sub-regional, sendo indiscutivelmente um dos concelhos mais dinâmicos”, disse, destacando o papel de todos os autarcas e coletividades, que “com tenacidade, transformaram a rudeza das serras de Ansião num concelho onde dá gosto viver”.
Tanto Fernando Marques como António José Domingues sublinharam o contributo dos milhares de autarcas que assumiram cargos nos vários órgãos autárquicos, não se esquecendo também do papel importante do associativismo concelhio.
Elogios que chegaram também para o autor da obra, que apesar de radicado no norte do país, nunca esquece a terra que o viu nascer. A prova disso são os 19 livros (em 28) que já escreveu sobre o Concelho de Ansião.
Numa cerimónia abrilhantada pelo grupo Cante Norte da Universidade Sénior de Ermesinde e pelo Grupo Coral Olhos de Água, de Ansião, Manuel Augusto Dias, com a eloquência que o caracteriza, explicou como construiu esta importante obra, tendo deixado muita vontade aos presentes de a começar rapidamente a ler.
Dividida em cinco capítulos principais (Questão Política; Vias de Comunicação, Água, Urbanismo e Empreendedorismo; Ensino, Cultura e Lazer; Saúde e Segurança; e Associativismo), procura essencialmente “recordar as mudanças mais importantes que decorreram no devir coletivo do município de Ansião”.
Apesar de tanto já escrito, o historiador diz que “há ainda muito por fazer” e a verdade é que se encontra já a preparar nova obra sobre uma das mais importantes instituições do concelho.