A tomada de posse dos órgãos autárquicos em Figueiró dos Vinhos teve poucas novidades. Jorge Abreu foi empossado para aquele que será o seu último mandato e terá a seu lado apenas a vereadora Marta Brás, fruto da perda de um lugar para o PSD, que empossou Luís Filipe Silva e Arlindo Dinis, a única novidade naquele órgão. Carlos Lopes (MFI) terá ação determinante na ação camarária.
No seu discurso após a tomada de posse, Jorge Abreu começou registar a afluência às urnas dos figueiroenses, bem acima da média nacional, e depois deixou palavras de reconhecimento a todos os que cessaram funções autárquicas, tendo destacado o autarca de Arega, Nuno Rodrigues, que presidiu àquela Junta de Freguesia durante 12 anos e teve de cumprir a limitação de mandados. Para os eleitos, desejo “a melhor sorte”, convicto de que “todos perseguirão um objetivo comum: servir os figueiroenses e tudo fazerem pelo progresso do nosso concelho e pela melhoria da qualidade de vida da população que servimos”.
Dirigindo-se aos seus eleitores, agradeceu “a confiança” que lhe vai possibilitar estar à frente dos destinos do concelho até ao limite do permitido pela lei. “Foi uma extraordinária prova de confiança que me transmitiram e a quem me acompanha na missão tão exigente e tão nobre de liderar os destinos de um concelho”, referiu com orgulho, consciente de que lhe acresce ainda “maior responsabilidade”, mas prometendo “tudo fazer para não desiludir”.
No discurso, o autarca virou depois agulhas para o seu trabalho nos últimos 8 anos, dizendo que foi conseguido “compatibilizar o esforço de ajustamento e equilíbrio financeiro com a exigência de responder aos problemas e desafios que afetam o nosso concelho” e neste particular agradeceu aos trabalhadores do Município “pela lealdade, pelo compromisso e pelo extraordinário trabalho realizado ao longo destes anos”.
Jorge Abreu lembrou que não foram mandatos “nada fáceis”. O primeiro “ficou marcado pelos terríveis e traumatizantes incêndios de junho de 2017 e o seguinte, por uma devastadora pandemia que varreu o mundo e nos colocou numa situação nunca antes vivida e perante um cenário que, antes de ocorrer, no nosso imaginário não passaria apenas de uma ficção”, disse.
Mas o edil manifestou também esperança na reconstrução e afirmou que “já se avistam os sinais que nos permitem acreditar que a devastação social e económica estão mais próximos do fim”. Reforçou também que a estratégia de investimento público “não sofreu qualquer revés” e os níveis de investimento privado atualmente a decorrerem, “pelo montante financeiro que implica e pelo número de postos de trabalho que irão criar, alcançam valores sem precedentes”.
“Em plena pandemia conseguirmos alcançar o maior valor de sempre de investimento público e privado deixa-nos, naturalmente a todos, muito satisfeitos e a renovação do nosso mandato reflete, também, o reconhecimento da maioria da população, desse facto”, concluiu.
Elencando uma série de investimentos concretizados, o autarca não tem dúvidas em afirmar que Figueiró dos Vinhos “está a alcançar um novo patamar de afirmação nos contextos regional e nacional” e abordando o próximo mandato, garantiu não querer “ficar por aqui”, enumerando vários pontos fortes do seu programa eleitoral.
Jorge Abreu considerou que irão ser “mais 4 anos de muita exigência, mas ao mesmo tempo serão 4 anos que iremos cumprir com o máximo entusiasmo, entrega e dedicação”. A terminar, disse ambicionar “a construção de um concelho renovado, moderno, empreendedor, aberto ao mundo, solidário e de olhos postos no desenvolvimento e no futuro”.
PELOUROS EM DOIS VEREADORES
Tomaram também posse como vereadores Marta Brás (PS), Carlos Lopes (MFI) e Luís Filipe Silva e Arlindo Dinis, ambos pelo PSD.
Ao contrário do que chegou a ser propalado, Jorge Abreu não atribuiu pelouros ao vereador do MFI, concentrando em si e na vereadora a tempo inteiro todas as áreas de atuação. Jorge Abreu terá a seu cargo a Proteção Civil e Segurança; Ordenamento do Território e Urbanismo; Obras Públicas e Particulares; Administrativo e Financeiro; Indústria, Comércio e Serviços; Desenvolvimento Económico e Parques Empresariais; Transportes e Rede Viária; Ambiente, Espaços Verdes e Energia; Águas e Saneamento; Parcerias e Juntas de Freguesia; Cemitérios; Equipamentos Móveis; Desenvolvimento Agrícola e Proteção Florestal; Mercados e Feiras, Salubridade e Saúde Pública. Já Marta Brás foi incumbida de administrar os seguintes pelouros: Turismo; Ação Social; Recursos Humanos; Cultura; Educação; Saúde; Desporto, Juventude e Tempos Livres; Habitação, Reabilitação e Valorização Urbana; Modernização Administrativa e Descentralização.
CARLOS SILVA NA PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
E POR UNANIMIDADE
O facto de ter três presidentes de Junta com assento na Assembleia Municipal confere ao PS a maioria de deputados naquele órgão. Não obstante, a lista encabeçada por Carlos Silva conseguiu a unanimidade dos votos para liderar aquele fórum nos próximos 4 anos, facto digno de registo. O PS possui 7 deputados eleitos mais os 3 presidentes de Junta, ao passo que o PSD elegeu 5 deputados municipais mais o presidente da Junta de Campelo. O MFI tem 3 deputados na Assembleia Municipal.