O executivo municipal que assumirá os destinos de Alvaiázere nos próximos 4 anos tomou posse e traduz uma quase completa remodelação em relação ao executivo cessante. João Paulo Guerreiro assume a presidência da Câmara para o PSD, acompanhado pelos vereadores Flávio Craveiro e Ana Faria, enquanto a oposição ficará a cargo de Carlos Simões [eleito pelo PS], - o único ‘sobrevivente’ do anterior elenco, - que terá a companhia do seu colega de partido Abílio Carvalho.
No seu discurso, o novo presidente, começou por deixar algumas palavras à sua antecessora Célia Marques, sobre quem disse que “deixa um legado que muito nos honra”.
Depois, afirmou que tem “um desígnio muito bem definido: “Queremos que Alvaiázere tenha um futuro atrativo, dinâmico e sustentável: atrativo para fixar e trazer pessoas para o nosso concelho; dinâmico para manter e dar qualidade de vida a quem cá está e sustentável para garantir o futuro às gerações vindouras”, explicou Guerreiro.
Apesar de consciente do “enorme desafio que aí vem”, o novo presidente da Câmara garantiu que tem “uma forte motivação e a convicção que será bem-sucedido”, contando com “muito empenho e a ajuda de todos”, até da oposição, ressalvando que “apesar da maioria, queremos contar com todos”.
Prometeu também “transparência, honestidade e colaboração” na relação com as Juntas de Freguesia, que considerou peças-chave no seu projeto de governança.
Na procura de uma melhoria da qualidade de vida dos alvaiazerenses, disse que as pessoas serão o seu “principal foco” e por isso considera fundamental “ouvir e envolver a população, bem como reforçar a relação com as instituições e associações do concelho, sem esquecer as empresas e a necessidade de emprego”. Neste vetor afirmou ser “necessário consolidar uma política integrada de criação de emprego e de captação de investimento, por forma a estabelecer as condições necessárias para a fixação de população”.
João Paulo Guerreiro disse que será um “autarca próximo, atento e competente” e reclamou méritos da sua experiência no ramo empresarial para conseguir resolver alguns dos problemas do concelho nesta área. Lançou também algumas farpas às críticas, aludindo aos “arautos do infortúnio, que ao longo dos últimos meses anunciavam que seria um líder demasiado brando e condescendente”. “Em breve irão entender que as equipas que lidero são tratadas de forma justa mas muito exigente”, asseverou.
PRIMEIRA ASSEMBLEIA
CONTURBADA
A tomada de posse dos órgãos autárquicos decorreu ao final da tarde do dia 15 de outubro na Casa da Cultura e depois da posse dos eleitos para a Câmara e para a Assembleia Municipal houve alguma confusão. Já com o social-democrata Carlos Graça, candidato vencedor das eleições, a presidir aos trabalhos, o processo de votação para eleger a Mesa da Assembleia teve momentos de alguma crispação. A votação era secreta mas não existiu cabine de voto e os votos foram distribuídos aos deputados nos seus lugares, tendo alguns mostrado evidente desconforto. Depois, uma cidadã que estava a fotografar a cerimónia para um jornal local, fez uma interpelação à Mesa criticando o facto da proposta de lista do grupo de deputados do PSD “ter sido escrita à mão e sem indicação do partido dos deputados”, algo que gerou troca de acusações e intervenção até de várias pessoas da assistência. Carlos Graça procurou sanar os ânimos e viria mesmo a ser eleito presidente daquele órgão com 10 votos a favor. A lista encabeçada por Ana Paula Ferreira obteve 7 votos, havendo ainda 3 votos em branco. Carlos Graça presidirá assim à Assembleia Municipal, tendo como secretários Sandrine Pedrosa e António Ribeiro. Farão ainda parte da Assembleia, eleitos pelo PSD: Manuel Pachon, Fernanda Tiago, Vitor Sousa e José Rosa. Pelo PS tomaram assento naquele fórum Ana Paula Ferreira, José Mendes, Susana Rosa, Fernanda Alves, José Freitas Simões e Leonor Matias. Finalmente o movimento independente ”Vamos Alvaiázere” conseguiu a eleição de Bruno Sousa e Leandra Garcez.